A reforma tributária aprovada nos últimos anos marca um dos momentos mais importantes da história fiscal brasileira. 

Com a criação de novos tributos e a transição para um modelo de arrecadação mais simplificado, empresas de todos os portes precisarão revisar estratégias, sistemas e rotinas internas para garantir conformidade e eficiência.

No entanto, embora as principais mudanças comecem a valer em 2027, o ano de 2026 será crucial para a preparação. É o momento de revisar o planejamento tributário, ajustar processos e adotar tecnologias que facilitem a adaptação ao novo cenário.

Mais do que uma obrigação legal, o planejamento tributário é uma ferramenta estratégica. Ele permite prever impactos financeiros, reduzir riscos e identificar oportunidades de economia — especialmente em um contexto de transição fiscal como o que o país vivencia.

Quer saber mais sobre o planejamento tributário para o ano de 2026 e entender as mudanças que irão ocorrer neste novo cenário? Confira a seguir, boa leitura!

O papel do planejamento tributário em tempos de mudança

Planejar a tributação de forma eficiente sempre foi essencial para garantir competitividade. Agora, com a reforma tributária, essa necessidade se intensifica.

O planejamento tributário envolve o estudo e a aplicação das melhores práticas para reduzir a carga tributária de forma lícita, respeitando as normas legais e aproveitando todos os benefícios fiscais disponíveis. 

Ele passa por etapas como análise do regime tributário, revisão de despesas e receitas, identificação de créditos e projeções financeiras.

Em 2026, essa prática assume um papel ainda mais estratégico: preparar o terreno para o novo sistema tributário, que trará mudanças significativas na forma como os impostos serão cobrados e distribuídos entre estados e municípios.

Reforma tributária: o que muda na prática

A principal alteração introduzida pela reforma é a substituição de cinco tributos atuais — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — por dois novos impostos sobre o valor agregado:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) — de competência federal;
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) — de competência estadual e municipal.

Esses dois tributos funcionarão de forma semelhante ao modelo adotado em outros países, com o objetivo de eliminar a cumulatividade e tornar o sistema mais simples e transparente.

Além disso, foi criado o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.

Embora a implementação total só aconteça em 2027, o próximo ano será marcado por ajustes, testes e adaptações. A partir de 2026, as empresas deverão estar prontas para operar em um período de transição, no qual o sistema antigo e o novo conviverão simultaneamente.

Por que 2026 será um ano de preparação

Em 2026, as empresas não terão grandes mudanças práticas em termos de recolhimento, mas precisarão se adaptar administrativamente para o novo modelo. Isso envolve:

  • Mapear operações e entender quais tributos incidirão sobre cada atividade no futuro;

  • Ajustar sistemas ERP e contábeis para que estejam aptos a calcular e emitir guias com base na CBS e no IBS;

  • Revisar contratos e precificações, já que a substituição de tributos pode alterar a composição de preços;

  • Treinar equipes fiscais e contábeis, garantindo que compreendam a nova estrutura tributária e suas obrigações.

Empresas que deixarem essa preparação para o último momento podem enfrentar inconsistências, erros no recolhimento e até penalidades. Por isso, o planejamento tributário de 2026 deve ser encarado como um projeto de transição fiscal — uma etapa fundamental para o sucesso em 2027.

O impacto da reforma nos diferentes regimes tributários

A reforma tributária trará reflexos distintos para empresas enquadradas em diferentes regimes.

  • Lucro Real. Com maior detalhamento e controle de créditos, será preciso ajustar processos de apuração e contabilização. A transparência e rastreabilidade das operações ganharão destaque;

  • Lucro Presumido. A simplicidade do regime tende a ser mantida, mas a migração para o novo modelo de tributos exigirá atenção redobrada quanto à correta alocação de receitas e despesas;

  • Simples Nacional. Ainda que as regras específicas para micro e pequenas empresas devam ser preservadas, ajustes podem ocorrer na forma de repasse dos tributos dentro do regime simplificado.

Essas diferenças reforçam a importância de avaliar individualmente o impacto da reforma sobre o modelo tributário de cada negócio e de fazer projeções detalhadas para o próximo exercício.

Como ajustar o planejamento tributário para 2026

O primeiro passo para um planejamento tributário eficiente é analisar o histórico fiscal da empresa — entender como foram apurados e recolhidos os tributos nos últimos anos, identificar possíveis inconsistências e corrigir distorções.

Em seguida, é essencial simular cenários com base nas novas alíquotas e regras previstas pela reforma. Essa análise ajuda a compreender como o novo sistema poderá afetar a margem de lucro, os preços de venda e o fluxo de caixa.

Outro ponto crucial é rever os processos internos. Muitas empresas ainda dependem de tarefas manuais e planilhas descentralizadas, o que aumenta o risco de erros e dificulta a adaptação ao novo modelo de apuração.

Investir em tecnologia fiscal e automação de processos será determinante para garantir eficiência e compliance. Sistemas automatizados reduzem falhas humanas, agilizam o cálculo de tributos e permitem acompanhar as mudanças em tempo real — algo fundamental em um período de transição como o de 2026.

O papel da tecnologia no planejamento tributário

A tecnologia já é protagonista no ambiente contábil e fiscal, e sua importância tende a crescer ainda mais diante das transformações trazidas pela reforma.

Empresas que utilizam soluções automatizadas conseguem emitir guias de forma automática, integrar dados entre ERP e sistemas fiscais, e gerar relatórios precisos para tomada de decisão. Isso significa mais segurança, menos retrabalho e total controle sobre as obrigações acessórias.

No caso da transição para o novo modelo tributário, sistemas inteligentes serão essenciais para adaptar rapidamente o cálculo de tributos, sem necessidade de reformular toda a estrutura fiscal da empresa.

O planejamento tributário como ferramenta estratégica

Mais do que uma exigência contábil, o planejamento tributário de 2026 será um exercício de visão estratégica. Ele permitirá às empresas se anteciparem às mudanças, ajustarem processos e manterem a competitividade em um ambiente regulatório em transformação.

A transição para a CBS e o IBS exigirá disciplina, clareza e organização. Mas, com a tecnologia certa, o processo se torna mais simples, seguro e escalável.

A Flux-it apoia empresas nesse processo de evolução fiscal por meio de soluções em automação e RPA (Robotic Process Automation) que permitem emitir guias tributárias automaticamente, integrar sistemas e garantir total conformidade com a legislação.

Em um cenário de tantas mudanças, a automação é a chave para reduzir riscos, otimizar recursos e manter a conformidade. Modernize seus processos fiscais com a Flux-it e prepare sua empresa para o futuro da tributação!

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